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Notícias do Varejo

28
Agosto 2018

Atraso na quitação de empréstimos deixa 35% dos consumidores negativados

O empréstimo é uma prática recorrente para o pagamento de dívidas, situações de imprevistos financeiros ou mesmo para quem precisa reformar a casa ou trocar de carro.

No entanto, o acúmulo de dívidas vem se tornando um problema para muitos brasileiros que não conseguem honrar seus compromissos. 

 

Uma pesquisa conduzida pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) aponta que mais de 35% dos entrevistados que contrataram empréstimos no último ano ficaram com nome sujo por atrasar as prestações. 

 

Desse total, 20% já regularizaram a situação, enquanto 15% permanecem negativados.

 

Empréstimos em bancos

Segundo o levantamento, dois em cada dez brasileiros (23%) contrataram algum tipo de empréstimo nos últimos 12 meses, sendo que 12% buscaram empréstimo pessoal em bancos e 7% em financeiras.

 

Além disso, 14% optaram por empréstimo consignado em banco, principalmente entre o público com mais de 55 anos (27%), e 6% em financeiras, modalidade em que se desconta as parcelas diretamente do salário ou da aposentadoria.

 

“A capacidade de pagamento das pessoas tem sido afetada pelo alto nível de desemprego. A renda das famílias continua achatada, levando muitos brasileiros a fazer empréstimos para pagar contas ou mesmo quitar dívidas”, disse a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

Hoje, cada entrevistado possui, em média, dois empréstimos. A maior parte do dinheiro obtido com o empréstimo pessoal é destinada ao pagamento de dívidas (24%), como outros empréstimos, fatura do cartão de crédito e prestações em atraso. Outros 19% utilizam o dinheiro para reformar a casa ou apartamento, 15% para abrir um negócio e 15% para viajar.

 

Entre os que adotaram a modalidade de consignado, as principais finalidades apontadas são: pagar dívidas de outros empréstimos, cartão de crédito e contas em geral (30%), reformar a casa ou apartamento (20%), pagar contas de água, luz, telefone, aluguel, condomínio e escola (16%), comprar mantimentos para casa (14%) e comprar ou trocar de carro (13%).

 
Fonte: CNDL e SPC Brasil

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