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Em fevereiro, o cartão de crédito foi o grande vilão para 77% das famílias que se declararam endividadas na Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), apurada mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Na sequência, carnês (16,5%) e financiamento de carro (10,7%) também comprometeram o orçamento das famílias em todo o País.
O cartão se destaca na pesquisa por ser a principal dívida tanto para as famílias com renda até dez salários mínimos (78,0%) quanto para aquelas com renda acima de dez salários mínimos (73,3%).
Em fevereiro, o número de famílias endividadas apresentou queda apenas na faixa de menor renda, na comparação com janeiro: para as famílias que ganham até dez salários mínimos, o percentual passou de 62,9% em janeiro para 62,7% em fevereiro.
Já para as famílias com renda acima de dez salários mínimos, o percentual de famílias endividadas passou de 53,6% em janeiro deste ano para 53,8% em fevereiro.
Dados gerais
Apesar do cartão de crédito e de outras modalidades de dívida, o dado geral da Peic mostra que o percentual de famílias endividadas recuou de 61,3 em janeiro para 61,2% em fevereiro deste ano – um avanço pequeno, mas positivo perto da base comparativa fraca do ano passado.
“A recuperação da renda do trabalho e a queda das taxas de juros são alguns dos fatores que impactam diretamente o endividamento e favorecem uma melhora gradual em algumas modalidades de crédito”, afirma Marianne Hanson, economista da CNC.
A pesquisa mostra ainda que a proporção das famílias com dívidas ou contas em atraso diminuiu em fevereiro, atingindo 24,9% das famílias, ante 25,0% em janeiro.
Outro dado que apresentou queda em fevereiro foi a proporção de famílias que declararam não ter condições de pagar as suas contas ou dívidas em atraso e que, portanto, permaneceriam inadimplentes: 9,7%, ante os 9,5% registrados em janeiro.
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