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Notícias do Varejo

05
Março 2018

CNC estima em 2,7% crescimento da economia para 2018

Em 2017, a economia brasileira cresceu 1% em relação ao ano anterior, de acordo com dados das Contas Nacionais divulgados pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 

Esse resultado confirmou o fim da maior recessão já registrada no país e representou o melhor desempenho da economia brasileira dos últimos quatro anos. Embora a crise econômica tenha iniciado no fim de 2014, naquele ano o Brasil ainda registrou crescimento de 0,5%, acumulando, nos dois anos seguintes, retração de 7,1%. 

Do ponto de vista da produção, o maior responsável pelo primeiro avanço da economia brasileira em três anos foi a agropecuária, com avanço de 13% em relação a 2016, seguida pela indústria extrativa de petróleo, gás e minérios ferrosos (+4,3%) e o comércio (+1,8%), atividade que havia perdido 13,8% de seu valor adicionado nos dois anos anteriores. 

Pela ótica das despesas, o consumo das famílias (+1,0%) e as exportações (+5,8%) impulsionaram a economia para 

fora do poço da recessão em 2017.

Menor inflação em 20 anos

“O consumo das famílias foi estimulado pela menor inflação em quase 20 anos, combinada à redução das taxas de juros. Ainda que em menor escala, a reativação do mercado de trabalho, sobretudo o informal, também contribuiu para reativar o consumo interno”, explica Fabio Bentes, chefe da Divisão Econômica da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Segundo ele, apesar de positivos, os dados do PIB de 2017 explicitam dois desafios para a economia brasileira nos próximos anos.

“Primeiramente, a trajetória de recuperação que o País terá pela frente após a pior recessão da sua história será longa. E, para que o nível de geração de riqueza anterior à crise seja novamente alcançado, será fundamental superar o atual descasamento entre consumo e investimentos sob o risco de sacrifício do atual ciclo de expansão da economia e do próprio consumo”, finaliza.  

A percepção da CNC é que as condições que propiciaram a retomada do crescimento econômico no ano passado estão minimamente preservadas, mas há espaço significativo para a queda dos juros na ponta aos consumidores e ao setor produtivo.

Assim, considerando um cenário ao final do ano no qual a inflação esteja próxima a 4% e os juros básicos em 6,5%, a entidade revisou de 2,6% para 2,7% sua expectativa de crescimento da economia brasileira para 2018.  

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