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As informações revelam que na comparação mensal ― ou seja, em relação a novembro de 2017, sem ajuste sazonal ― o número de dívidas quitadas apresentou uma alta expressiva de 38% no mês de dezembro, influenciado, principalmente, pelas campanhas de recuperação de crédito e também pela injeção de capital extra na economia por meio do décimo terceiro salário e demais bonificações típicas do período. Nesse caso, em novembro de 2017 frente a outubro, o indicador também já havia apresentado uma alta elevada, de 11,98%, após três meses seguidos de retração.
“Com a proximidade das festas de fim de ano, muitos brasileiros costumam limpar o nome para voltar ao mercado de consumo, aproveitando o dinheiro extra do décimo terceiro e das bonificações. Além de refletir uma tendência sazonal, os números demonstram um cenário econômico pouco mais favorável para o consumidor, que aos poucos vem ganhando confiança para retomar sua capacidade de pagamento”, explica o presidente do SPC Brasil Roque Pellizzaro Junior.
45% das pendências regularizadas são com bancos
Dados mais detalhados do indicador revelam que dentre as dívidas que foram regularizadas no último mês de dezembro, a maior parte (45%) diz respeito a pendências com instiutições bancárias, como dívidas no cartão de crédito, empréstimos, financiamentos e seguros, por exemplo. O segundo tipo de dívida em atraso que mais foi colocada em dia é com concessionárias de serviços básicos como água e luz, que representaram 21% do total das dívidas recuperadas no período. Completam a lista, os compromissos financeiros junto ao comércio (21%) e a quitação de contas de TV por assinatura, internet e telefone, com 5% de participação.
Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, as dívidas bancárias são a que incidem os juros mais elevados e devem ter o seu pagamento priorizado pelo consumidor. “Para evitar o superendividamento, o recomendável é que o consumidor quite sempre as dívidas de juros mais elevados. Já as contas básicas também merecem atenção especial porque o atraso no pagamento pode implicar no corte de serviços”, orienta a economista.
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