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Lojistas brasileiros estão investindo fortemente na recuperação da demanda e intensificação da competição do setor varejista. O boom das compras online trazido pela pandemia Covid-19 veio para ficar, levando varejistas a ajustar operações e investir em novas tecnologias.
No entanto, é muito prematuro declarar o fim das lojas físicas, isso porque elas continuaram sendo abertas no Brasil no segundo trimestre 2021. A análise é da EMIS, do Grupo ISI Emerging Markets, que fornece dados de empresas, setores e países nos mercados emergentes.
Segundo o relatório, apesar dos varejistas brasileiros estarem investindo fortemente em e-commerce, isso não significa que as lojas não são mais relevantes. Pelo contrário, há uma integração crescente entre o físico e o online como parte da estratégia omnicanal dos varejistas.
O principal objetivo é melhorar o engajamento dos clientes usando lojas físicas para apoiar as vendas online. Ao mesmo tempo, ele promove o modelo de e-commerce click-and-collect como uma forma de aumentar a presença do cliente e expandir a rede de lojas.
O Research Economist para o Brasil da EMIS, Adriano Morais, lembra que o varejista brasileiro Magazine Luiza é um bom exemplo dessa tendência. “Em julho de 2021, entrou no mercado do estado do Rio de Janeiro, com a inauguração de 23 lojas, desta forma complementando sua presença online. Com a mudança, a empresa pretende fornecer um sistema integrado oferta de produtos aos clientes, incluindo lojas físicas, plataforma de e-commerce própria, mercado online e aplicativo móvel, e, ao mesmo tempo, para fortalecer parcerias com fornecedores e logística prestadores de serviços”, explica.
Crescimento do setor
A previsão de base para o setor de bens de consumo e varejo do Brasil é positiva. A EMIS prevê que as vendas no varejo no país devem crescer 3,6% ano a ano em 2021 e mais 3,8% ano a ano em 2022, em volume.
“Na versão ampliada, as vendas no varejo são projetadas para aumentar a uma taxa ainda mais rápida graças a uma recuperação da demanda por veículos automotores”, explica Morais.
O economista acredita que o desempenho setorial será sustentado pelo aumento da atividade econômica (o PIB do país deve crescer 4,9% em 2021, de acordo com o Previsões consensuais da FocusEconomics de agosto de 2021).
A principal contribuição positiva, no entanto, deverá vir de uma aceleração da campanha de vacinação, que continuaria impulsionando a mobilidade social e a demanda interna. Em termos de segmentos, a EMIS projeta que as vendas de veículos automotores, motocicletas e autopeças; construção materiais; e móveis e eletrodomésticos devem registrar as maiores taxas de crescimento em 2021 e 2022, refletindo forte demanda reprimida e maior confiança do consumidor.
“Em termos de valor, as vendas no varejo deverão crescer em ritmo mais acelerado, principalmente devido à continuidade das pressões inflacionárias. No entanto, a inflação deve retornar ao intervalo da meta do Banco Central de 2% a 5% em 2022, como resultado da o aperto da política monetária iniciado em março de 2021”, prevê o economista.
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