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O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse, em Brasília, que o crescimento da inflação no país foi influenciado, entre outros fatores, pela desvalorização do real e também pelo aumento no preço das commodities (produtos básicos com cotação internacional).
De acordo com Campos Neto, esse movimento inflacionário começou em 2020 e ainda repercute neste ano. O presidente do BC citou, além desses fatores, a crise hídrica no país, com aumento no preço das bandeiras tarifárias, além de efeitos climáticos.
O mercado financeiro aumentou a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA - a inflação oficial do país) deste ano de 6,79% para 6,88%. A previsão para 2021 está acima da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC.
A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3,75% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é de 2,25% e o superior de 5,25%.
Ao avaliar a alta no preço das commodities, o presidente do BC disse que durante a pandemia de covid-19 houve um aumento natural, uma vez que as pessoas ficaram mais tempo em casa e passaram a consumir mais bens dos que serviços, gerando uma alta no preço de produtos e uma diminuição no valor dos serviços.
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