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O Banco Central (BC) reduziu a projeção para o crescimento da economia este ano. A estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – passou de 3,8% para 3,6%. A projeção consta do Relatório de Inflação, publicação trimestral do BC, divulgada em Brasília.
Segundo o órgão, “depende da continuidade do processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira, condição essencial para permitir a recuperação sustentável da economia”.
“Em termos de trajetória, a projeção para o PIB é de recuo moderado ao longo do primeiro semestre, seguido de recuperação relevante nos últimos dois trimestres do ano, decorrente da redução esperada na taxa de letalidade da covid-19 e no número de internações, com o avanço da vacinação”, diz o relatório. Para isso, o BC considera a manutenção do regime fiscal e nova rodada de auxílio emergencial, de aproximadamente R$ 44 bilhões, com pagamentos concentrados no segundo trimestre do ano.
Entre os fatores para a redução da projeção, o BC cita ainda a “elevada incerteza sobre o ritmo de crescimento da economia, sobretudo no primeiro e segundo trimestres deste ano”, em razão do aumento de casos de covid-19 e de novas medidas de restrição às atividades. “Esse processo de agravamento recente da crise sanitária possivelmente interrompe ou atrasa a recuperação da atividade econômica”, diz o relatório.
Por outro lado, para o BC, uma possível reversão da economia “tende a ser bem menos profunda do que a observada em 2020, e provavelmente seria seguida por rápida recuperação, especialmente no segundo semestre, na medida em que os efeitos da vacinação sejam sentidos de forma mais abrangente”. Em 2020, o PIB fechou o ano com queda de 4,1% em razão dos efeitos da pandemia.
Peso da vacinação
A expectativa do BC é que a vacinação em massa, além de oferecer proteção contra casos mais leves de covid-19, reduzam significativamente o número de casos graves, diminuindo a pressão sobre o sistema hospitalar e permitindo uma reabertura mais rápida da economia.
“Considerando os planos de vacinação e a oferta de vacinas existentes até o momento, espera-se que os impactos econômicos sejam mais perceptíveis no segundo semestre, em especial nos serviços presenciais, que têm sido mais fortemente afetados pela pandemia”, diz o relatório.
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