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De acordo com projeção da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a Black Friday deste ano deverá movimentar R$ 3,67 bilhões e alcançar o maior faturamento em uma década. Se confirmada a previsão, será um aumento de aproximadamente 10,5% em relação a 2018 (R$ 3,32 bi), descontada a inflação, o crescimento real das vendas em comparação com o mesmo período do ano passado deverá ser de 6,8%.
A Black Friday – evento promocional de descontos do varejo que ocorre sempre na última sexta-feira de novembro – já é a quinta data mais importante para o setor, atrás de Natal, Dia das Mães, Dia das Crianças e Dia dos Pais, informa a CNC.
Em 2019, o segmento de eletroeletrônicos e utilidades domésticas deverá ser o principal destaque entre os ramos que já aderiram à data, com previsão de movimentação financeira de R$ 929,4 milhões. Em seguida, deverão sobressair os volumes de receitas gerados pelos segmentos de hipermercados e supermercados (R$ 899,3 milhões) e de móveis e eletrodomésticos (R$ 845,5 milhões).
Segundo o economista da CNC Fabio Bentes, um dos motivos para a crescente alta do faturamento da Black Friday é a tendência de aumento das vendas no comércio eletrônico, que tem se destacado em comparação com o varejo físico.
“A facilidade de comparação de preços online em uma data comemorativa caracterizada pelo forte apelo às promoções evidencia a tendência de aumento expressivo deste evento do calendário do varejo, quando comparado às demais datas, especialmente nos espaços virtuais”, afirma Bentes.
Contudo, outros fatores têm possibilitado um ritmo mais forte das vendas neste fim de ano, como a inflação, que apresenta em 2019 a menor variação no acumulado em 12 meses até outubro (+2,54%) desde fevereiro de 1999 (+2,24%), bem como o comportamento da demanda por crédito. “O volume na concessão real de crédito tomado livremente pelas famílias apresenta, de janeiro a setembro deste ano, a maior expansão em termos reais desde 2012”, destaca o economista da CNC.
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