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A atividade industrial está se recuperando gradualmente. Os empresários já percebem uma leve melhora no consumo e na situação financeira das empresas.
Além disso, o ritmo de queda na produção em setembro foi inferior aos registrados para o mês desde 2014 e o emprego subiu 0,4 ponto em relação a agosto, revela pesquisa Sondagem Industrial, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria - CNI.
O indicador de produção ficou em 48,8 pontos e o de emprego alcançou 49 pontos em setembro. Ambos estão abaixo da linha divisória dos 50 pontos, que separa o aumento da queda na produção e no emprego.
Mesmo assim, o indicador de utilização da capacidade instalada ficou estável em 69% e o índice de estoques efetivos em relação ao planejado caiu para 51,4 pontos, mostrando que se reduziu o excesso de estoques do setor.
Emprego e estoques melhoram
“O emprego e o nível de estoques desejados em relação ao usual melhoraram. Esses são indícios de que a melhora no mercado de trabalho tem se refletido na demanda interna, com impacto na atividade industrial”, indica a pesquisa.
No entanto, a CNI alerta que os indicadores atuais ainda estão distantes dos observados antes da recessão. “Essa situação reforça a necessidade de continuidade dos esforços de reformas estruturais e melhoria do ambiente de negócios, de modo a superar os entraves que limitam o ritmo de expansão atual”, destaca a pesquisa.
“Depois da reforma da Previdência, é preciso fazer a reforma tributária e implementar ações que ajudem a empresas brasileiras a ter custos competitivos e recuperar mercados. Entre essas medidas estão os avanços nas privatizações para melhorar a infraestrutura, a redução dos custos dos financiamentos, a desburocratização e a busca de acordos com outros países que facilitem o acesso aos mercados externos, como o do Mercosul com a União Europeia”, afirmou o gerente-executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco.
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