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A liberação de recursos das contas do PIS/Pasep (Programa de Integração Social e Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público) e do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) deve estimular o consumo e elevar o nível de atividade da economia nos últimos quatro meses do ano.
Se confirmada a estimativa do Ministério da Economia de saques de R$ 30 bilhões entre agosto e dezembro de 2019, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) estima que R$ 13,1 bilhões serão gastos no comércio (R$ 9,6 bilhões) e nos serviços (R$ 3,5 bilhões), além de R$ 12,2 bilhões (40% do total) que serão utilizados pelos consumidores para a quitação ou abatimento de dívidas e R$ 4,7 bilhões (16% do total) que deverão ser poupados ou consumidos somente em 2020.
Para o economista da CNC Fabio Bentes, apesar da quitação ou abatimento de dívidas representar uma parcela significativa dos recursos disponibilizados, o percentual deve ser menor que na liberação do FGTS em 2017 (46% do total), mas o impacto sobre o varejo tende a ser maior em 2019, 32% do total contra 25% em 2017.
“O consumo no comércio e no setor de serviços poderia representar uma parcela maior dos gastos dos consumidores, não fosse o ainda elevado grau de comprometimento da renda das famílias com os juros decorrentes do endividamento. Contudo, mesmo indiretamente, esses setores tendem a se beneficiar da queda do grau de endividamento no médio prazo”, acredita Bentes.
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