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O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse esta semana, em Brasília, que é preciso fazer com que os juros baixos cheguem na ponta, ao consumidor final. O cheque especial e o rotativo do cartão de crédito ainda têm juros muito altos no país. afirmou, ao participar, em Brasília, do evento Como fazer os juros caírem no Brasil?
O grande vilão hoje, que chama a atenção do mercado para os juros, são produtos emergenciais - cheque especial e rotativo do cartão”, enfatizou.
Segundo Campos Neto, há um estudo para reduzir o que chamou de regressividade do cheque especial.
“Quando o banco disponibiliza um limite para alguém tomar dinheiro no cheque especial, há um consumo de capital para o banco. Quem tem mais dinheiro na conta, vai ter um limite de cheque especial maior, logo vai consumir mais capital. Geralmente, essa pessoa que tem um limite maior é a pessoa que menos usa o produto. Quem usa o produto é basicamente a pessoa que ganha até dois salários mínimos, e 67% têm até o ensino médio. Basicamente, quem está na parte de baixo da pirâmide está pagando para quem está em cima”, afirmou, destacando que os juros do cheque especial estão em cerca de 320% ao ano.
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