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O saldo dos empréstimos ofertados pelos bancos está menor. Em janeiro, o estoque dos empréstimos chegou a R$ 3,232 trilhões, com redução de 0,9% comparado a dezembro. Os dados foram divulgados, em Brasília, pelo Banco Central (BC).
Os créditos concedidos às empresas atingiram R$ 1,425 trilhão em janeiro, com redução de 2,7% em relação a dezembro.
No caso das pessoas físicas, o estoque chegou a R$ 1,806 trilhão, com aumento de 0,6%.
“Essa redução, muito embora não se possa descartar um pequeno arrefecimento do crédito em janeiro, tem influência bastante significativa de fatores sazonais”, disse o chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha.
Segundo ele, em dezembro, há maior quantidade de dinheiro na economia devido ao pagamento do 13º salário e as pessoas usam menos o cheque especial. Em janeiro, há a volta ao cheque especial.
No caso das empresas, há maior procura por crédito de curto prazo como desconto de duplicatas e antecipação de cartão, no último mês do ano.
“Em dezembro, as empresas tomam mais crédito por necessidade maior de caixa para pagar dois salários e ter giro maior. Em janeiro, essa necessidade se reduz”, explicou.
Redução
De acordo com Rocha, esses efeitos, portanto, levam à redução do saldo do crédito no início do ano. Essas características sazonais também influenciam as taxas de juros.
“Em dezembro, há redução nas taxas de juros mais caras como é o caso do cheque especial e aumento nas taxas mais baratas. Esse fenômeno se reverte em janeiro”, disse.
Rocha acrescentou que em dezembro e em janeiro houve “aumento pontual” dos juros do cheque especial por um banco. Além disso, em janeiro, com o crescimento das concessões do cheque especial, aumenta o peso dessa modalidade no crédito total, elevando a taxa média.
Em janeiro, a taxa média de juros para as famílias subiu 2,5 pontos percentuais para 51,4% ao ano.
A taxa de juros do cheque especial subiu 3 pontos percentuais em janeiro em relação a dezembro, ao chegar em 315,6% ao ano.
A taxa do rotativo do cartão de crédito subiu 1,5 ponto percentual em relação a dezembro, chegando a 286,9% ao ano, no mês passado.
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