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Apurado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) alcançou 109,8 pontos no mês de novembro. Na comparação com outubro, o indicador apresentou alta de 1,4%, na série com ajuste sazonal. A pesquisa também revela a intenção de contratação por parte de 70,1% dos entrevistados, o maior patamar para meses de novembro desde 2014.
O levantamento da Confederação mostra que, entre os componentes que integram as avaliações das condições correntes, a economia segue apresentando o maior grau de insatisfação (63,0 pontos).
Embora as percepções quanto ao momento atual da economia e do comércio ainda sejam predominantemente desfavoráveis, o subíndice que mede a satisfação com o nível atual de atividade (Icaec) voltou a crescer no curto prazo (+0,3% ante outubro).
Para Fabio Bentes, chefe da Divisão Econômica da CNC, a valorização do real nos dois últimos meses, a queda do desemprego e, principalmente, a definição do cenário político com a construção de uma agenda econômica mais liberal têm afastado os temores de que a economia volte a um quadro recessivo nos próximos anos.
“Se por um lado 69,2% dos empresários entrevistados avaliam negativamente as condições correntes da economia; por outro, 80,7% acreditam que o nível de atividade vai melhorar nos próximos meses”, avalia.
Contratações, investimentos e estoques
O estudo da CNC mostra que as intenções de contratação aumentaram 2,9% em novembro, apontando que 70,1% dos entrevistados declararam estar propensos a contratar mais funcionários nos próximos meses. Esse é o maior percentual para meses de novembro desde 2014, quando 74,1% se mostravam dispostos a expandir o quadro de funcionários das empresas. O mês de novembro costuma concentrar 60% das contratações de trabalhadores temporários para o Natal.
Os demais componentes do índice relativo aos investimentos se mantiveram abaixo dos 100 pontos, mas apontam queda do pessimismo nos últimos meses. Para 42,0% dos entrevistados, há planos de aumento nos investimentos nas lojas existentes ou em novas unidades. Em novembro de 2017, essa era a opinião de 38,5% dos empresários. De forma semelhante, em novembro deste ano, 26,6% perceberam os níveis de estoque como acima do adequado, contra um percentual de 27,4% um ano atrás.
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