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Notícias do Varejo

28
Janeiro 2013

Lucros das empresas param de cair, diz Receita Federal

A recuperação da economia no segundo semestre de 2012 chegou ao caixa das empresas no fim do ano. Segundo a Receita Federal, a arrecadação dos tributos que refletem a lucratividade das empresas voltou a subir em dezembro depois de oito meses em queda.

No mês passado, a arrecadação do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) somou R$ 12 bilhões. Em relação a dezembro de 2011, a alta soma 22,56% descontando a inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

“Ainda é cedo para dizer se a tendência será duradoura, porque só temos o movimento de um mês. Mesmo assim, os números de dezembro indicaram a recuperação dos lucros das empresas no fim do ano”, disse a secretária adjunta da Receita Federal, Zayda Manatta.

De acordo com a Receita, a recuperação dos lucros é generalizada e independe do tamanho das empresas. Em dezembro, a arrecadação de IRPJ e da CSLL das empresas que declaram por estimativa mensal, categoria que engloba as maiores companhias, subiu 26,83% em relação a dezembro de 2011.

O pagamento das empresas que declaram pelo balanço trimestral, que abrange as médias empresas, aumentou 20,58% na mesma comparação. As empresas que declaram com base no lucro presumido, vinculado às menores empresas, também pagaram mais IRPJ e CSLL, mas o crescimento ocorreu em ritmo menor, apenas 3,18% acima da inflação pelo IPCA.

Segundo a Receita Federal, a disparidade entre as grandes e as menores empresas deve-se ao desempenho das entidades financeiras, que pagaram 125,7% a mais de IRPJ e CSLL em dezembro em relação ao mesmo mês do ano passado. Esse crescimento, no entanto, foi inflado por pagamentos extraordinários que não tinham ocorrido em 2011.

Apesar da influência do setor financeiro, o Fisco ressalta que a recuperação da lucratividade se disseminou por diversos setores da economia. Entre os ramos que mais se recuperaram estão fabricantes de equipamentos de informática e eletrônicos, com alta real de 169%; empresas de saneamento básico (aumento real de 48%) e fabricantes de bebidas (crescimento de 30% acima da inflação).

Fonte: Agência Brasil

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