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Um estudo feito pelo Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional) aponta que a defasagem na tabela do Imposto de Renda de Pessoa Física já chega a 66,4%, de 1996 a 2012, se for levado em conta o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) Os cálculos do Sindifisco Nacional consideram que o IPCA acumulado de 1996 a 2012 foi de 189,54% e a correção da tabela, no mesmo período, foi de 73,95%. O sindicato utilizou dados da Receita Federal e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com o Sindifisco, a faixa de isenção para recolhimento de IR passou de R$ 1.637,11 no ano passado para R$ 1.710,78 em 2013. Ainda segundo o sindicato, caso a tabela não tivesse sido corrigida, desde 1996, abaixo da inflação oficial, a faixa de isenção estaria em R$ 2.784,81.
Desde 2011, o reajuste da tabela de Imposto de Renda de Pessoa Física é de 4,5%, o centro da meta de inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A regra, estabelecida por medida provisória, fixa os 4,5% até 2014.
O analista da Tendências Consultoria Integrada Felipe Salto aponta que é uma decisão do governo escolher o modelo de atualização. "Há várias regras que o governo pode seguir. Pode corrigir pelo IPCA, pode corrigir pela meta. O importante é que a tabela guarde relação com as mudanças que acontecem na atividade macroeconômica", comentou. De acordo com ele, otimizar as faixas de renda também é uma forma de acompanhar as mudanças.
"(O governo tem de) corrigir isso de maneira a guardar essa relação próxima com a evolução dos salários. Essa defasagem de 66% não é relevante", opinou, afirmando que não necessariamente a atualização precisa ser feita pelo IPCA.
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