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Ao longo de 2012, os pedidos de falência em todo o país somaram 1.929, 11% a mais do que no ano anterior, quando essas ações totalizaram 1.737. Esse volume, no entanto, ficou abaixo do registrado, em 2010 (1.939). A maioria dos requerimentos foi apresentada por micro e pequenas empresas (1.086), seguido por companhias de médio porte (530) e por grandes (313).
Os dados são do lndicador Serasa Experian de Falências e Recuperações. “Foi um ano difícil para as empresas que [usaram] esses pedidos como forma de agilizar cobranças de débitos em atraso”, justificou o economista responsável pela pesquisa, Carlos Henrique de Almeida.
Para ele, a expectativa de que a economia cresça neste ano, com a manutenção da política de redução da taxa básica de juros, a Selic, e de estímulo ao consumo de manufaturados, abre a possibilidade de recuperação das finanças das empresas.
Por meio de nota, a Serasa destacou que as empresas experimentaram um ambiente desfavorável para a geração de receitas e gestão do fluxo de caixa em 2012. “A baixa atividade econômica dificultou as vendas, o ambiente externo em crise não alavancou as exportações, mesmo com o real desvalorizado, e a forte evolução da inadimplência do consumidor impactou fortemente nas contas a receber”.
Como forma de evitar a insolvência, as empresas elevaram também os pedidos de recuperação judicial que no ano passado superaram em 47% os de 2011, passando de 515 para 757, número bem acima do registrado, em 2010 ( 475). O movimento de falências decretadas subiu de 641 para 688, mas ficou abaixo dos registros de 2010 ( 732). Nesse caso, o quadro pode refletir uma situação adversa que surgiu em exercícios anteriores já que,como observa a Serasa, os trâmites do processo costumam ser morosos.
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