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A persistência inflacionária tende a sustentar os preços em patamares acima do centro da meta de 4,5%, determinada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), e a partir do cenário traçado para o ano de 2013, a alta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) promete ficar entre 5,0% e 5,5%, de acordo com projeção divulgada hoje pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
A entidade diz que a inflação de 2012 melhorou um pouco em relação a 2011, mas persistiu em um patamar que variou acima de 5%, alimentada pelos mesmo fatores responsáveis pela alta dos preços em períodos anteriores: choques de oferta por efeitos climáticos, setor de serviços aquecido e um mercado de trabalho robusto. Exemplo disso é a inflação média anual de 9%, sustentada pelos grupos que agregam alimentos e serviços.
Os economistas da CNC entendem que a menor perspectiva de incidência de choques de oferta este ano e a anunciada queda das tarifas de energia elétrica, com efeito a partir de fevereiro, podem dar maior alívio ao comportamento da inflação. Advertem, no entanto, que a expectativa de retomada de um ritmo mais forte na atividade econômica deve manter a inflação em níveis elevados, com os preços livres em uma trajetória muito próxima da verificada nos últimos anos.
A CNC lembra, também, que apesar do menor reajuste do salário mínimo, no início deste mês, que teve alta nominal de 9% contra 14% em janeiro de 2012, a baixa taxa de desemprego faz com que a escassez de mão de obra permita reajustes salariais mais robustos, com impacto no aumento dos custos empresariais e no crescimento da renda do trabalhador. Além disso, a inércia inflacionária advinda dos resultados mais elevados dos índices gerais de preços, do ano anterior, provocará maiores reajustes sobre os aluguéis, com reflexos também nos preços dos serviços. (Agência Brasil)
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