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Notícias do Varejo

20
Dezembro 2012

Primeira etapa da cobertura do Mané Garrincha é concluída

O som de sirenes anunciou a conclusão do içamento dos cabos de sustentação da cobertura do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha, nesta quarta-feira. Operários festejaram mais essa etapa ao lado do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz. Ele encaixou o último pino que une o conector do cabo à placa-base, afixada ao anel de compressão. Acompanhado da primeira-dama, Ilza Queiroz, o governador subiu 64 metros para finalizar essa fase, iniciada no dia 11.

O processo de içamento, chamado de big lifting, é um dos principais desafios na instalação da cobertura, pois todos os 48 cabos precisam ser erguidos ao mesmo tempo. Em Brasília, o procedimento foi feito em tempo recorde: 7 dias. Em outras cidades-sede, que também contam com a estrutura, o mesmo trabalho foi concluído em até 60 dias.

Para garantir geometria circular e precisão, o içamento foi realizado com auxílio de 48 macacos hidráulicos. Cada passo foi coordenado a partir do próprio anel de compressão, por meio de uma central de controle que o governador fez questão de conhecer. “A estrutura de cabos e o procedimento adotado para erguê-la foram feitos com tecnologia de alto nível. Esse é o maior anel de compressão do mundo, o que mostra a força da engenharia brasileira e nos coloca como referência internacional”, destacou Agnelo Queiroz.

Posicionados ao longo de todo o anel, feito de concreto e com cerca de 1km de diâmetro, os macacos hidráulicos ergueram os cabos de forma automatizada. Em seguida, eles foram fixados nas 48 placas-base presas à circunferência. A próxima etapa será a montagem das treliças metálicas, que sustentarão a membrana de 90 mil m². Após apertar o pino, o governador deixou sua assinatura no conector do cabo de sustentação.

Cobertura sustentável – A cobertura do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha é uma das inovações tecnológicas que o projeto apresenta. Funcionando como sistema de "roda de bicicleta invertida", ela é composta por uma estrutura tensionada com cabos e treliças metálicas, revestida por uma membrana de 90 mil m².

A membrana, que cobrirá os cerca de 71 mil assentos da Ecoarena, possui funções sustentáveis. Seu revestimento, composto por fibra de vidro e material de politetrafluoretileno com propriedades fotocatalíticas, é autolimpante. Ao entrar em contato com o sol, a estrutura decompõe a sujeira do ar: por hora, a cobertura é capaz de filtrar o equivalente à poluição produzida por 100 veículos.

Além de resistente, a membrana reflete os raios ultravioletas e retém 15% da luz amarela, isolando o calor e permitindo a passagem de luz natural, sem a exposição nociva à luz solar. “Além de contribuir para melhorar a qualidade do ar e o conforto dos espectadores, essas tecnologias favorecem a estética do estádio, já que eliminarão a sujeira”, avaliou o secretário Extraordinário da Copa em Brasília, Claudio Monteiro.

O anel de compressão também terá importante papel na sustentabilidade. Construído em concreto, facilitará a instalação das placas fotovoltaicas, responsáveis por captar a energia solar. Serão dispostas 9,6 mil placas, com capacidade para gerar 2,5 megawatts de energia, o que corresponde ao abastecimento de cerca de 2 mil residências por dia. “Além de atender aos megaeventos, essa obra será um instrumento de desenvolvimento econômico e social. Será um dos grandes legados para a população de Brasília”, finalizou Agnelo Queiroz.

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