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Apesar da melhora de renda, os consumidores brasileiros pretendem reduzir os gastos nos próximos meses, revela pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com o levantamento, 60% da população planejam consumir menos por dois motivos: o endividamento e a perspectiva de retração da economia. Isso ocorrerá apesar de 87% dos entrevistados terem dito que o orçamento doméstico aumentou ou permaneceu estável nos últimos 12 meses.
Segundo a pesquisa, 41% dos brasileiros têm dívidas. Desse total, 42% disseram ter chegado ao limite de comprometimento do orçamento familiar e 38% admitiram ter prestações em atraso. Além disso, 55% dos consumidores endividados informaram ter mais dívidas agora que em dezembro do ano passado.
Os bancos representam a maior fonte de endividamento dos brasileiros. De acordo com a CNI, entre as pessoas que estão pagando algum tipo de parcelamento de compras, empréstimo ou financiamento, 41% devem para um banco. As lojas concentram a dívida de 31% dos consumidores. Outros 29% devem às administradoras de cartão de crédito, 15% a financeiras e 8% a amigos e parentes. A soma é superior a 100% porque cada entrevistado podia apresentar mais de uma opção.
Para diminuir o endividamento, os consumidores têm cortado primeiramente os gastos com lazer, viagens e práticas esportivas. Nos últimos três anos, 18% da população gastaram menos com esses serviços. Em contrapartida, subiram as despesas com saúde e cuidados pessoais, como higiene e beleza.
Mesmo com as perspectivas de diminuição dos gastos supérfluos nos próximos meses, o levantamento indicou que os brasileiros pretendem continuar comprando e viajando nos próximos seis meses. Conforme a pesquisa, 63% dos entrevistados disseram que planejam comprar um bem durável no próximo semestre. Os bens mais procurados são materiais de construção, automóveis, computadores e televisão.
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