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Se a economia brasileira não der sinal de recuperação nos próximos meses, os empresários poderão começar a demitir trabalhadores. Até agora, as empresas se ajustaram ao fraco desempenho do mercado com a redução das horas de trabalho.
O alerta é do economista Fernando de Holanda Barbosa Filho, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), que divulgou o Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) e o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD), referentes a novembro.
O IAEmp tem objetivo de antecipar movimentos do mercado de trabalho e apresentou recuo de 0,4% em comparação a outubro. O ICD visa monitorar a evolução presente da taxa de desemprego e apontou recuo de 0,1%, na comparação com o mês anterior.
“Os índices mostram estabilidade no mercado de trabalho no momento, o que é uma boa notícia, dado o mau desempenho da economia, que apesar de não estar crescendo bastante, não estar com a atividade econômica em ritmo elevado, mantém o nível de emprego”, disse Holanda.
Segundo ele, a piora no IAEmp sinaliza uma necessidade de maior atenção ao resultado da atividade econômica futura, pois até o momento os empresários estavam enxugando o número de horas trabalhadas, para preservar os empregos.
“Dado o resultado ruim [da economia] este ano, a retenção de trabalhadores pode estar chegando ao fim. O que estimulava a retenção era a expectativa do empresário de um melhor desempenho econômico em um futuro próximo. Dadas as constantes frustrações de expectativa nesse sentido, é bem possível que os empresários comecem ajustes no número de trabalhadores”, esclareceu.
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