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A inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA), acelerou um pouco mais do que o previsto em abril, com alta de 0,64% no mês, segundo dados divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa triplicou em relação ao avanço de 0,21% registrado em março. Foi o maior índice mensal desde abril de 2011 (0,77%). No Recife, a taxa subiu 0,58% em abril. Em março tinha sido 0,48%.
Desse jeito, em termos nacionais, o IPCA acumulado no ano chegou a 1,87%, ainda abaixo da taxa de 3,23% do mesmo período de 2011. Mesmo o índice acumulado nos últimos 12 meses até abril desacelerou, para 5,10%, depois de marcar 5,24% em março. Economistas esperavam, na mediana das previsões coletadas pelo Banco Central, um avanço de 0,58% em abril, segundo o último boletim Focus divulgado na segunda-feira passada. Para maio, a expectativa é que o IPCA desacelere a 0,47%.
Os aumentos dos preços de cigarros e remédios e nos salários de empregados domésticos, de 15,04%, 1,58% e 1,86%, respectivamente, foram os que mais pesaram no índice, representando 38% da taxa verificada em abril. Os itens de vestuário também colaboraram, subindo 0,98%.
Segundo Fábio Romão, economista da LCA, o resultado foi acima do esperado, mas teve como principal característica os aumentos decididos por razões que não tem a ver com a atividade econômica. Em maio, entra em vigor o aumento de 45% no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para os cigarros, o que levou as grandes companhias do setor, como Souza Cruz, a reajustar os preços em abril. Em março, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou aumento de 5,85% nos medicamentos.
“A exceção foi o aumento dos gastos com salários de empregados domésticos, que refletem o impacto do importante ganho real do salário mínimo e a escassez de mão de obra neste segmento, que tem sofrido com a migração de profissionais para outros ramos” explica Romão.
O economista disse que o resultado não muda as previsões da consultoria para o índice. A expectativa é de alta de 0,40% em maio, devido a uma deflação nos grupos de Transportes e Alimentação, e de 4,8% no ano, acima portanto da meta de 4,5% do governo, mas abaixo da expectativa do mercado, de 5%, segundo o Focus. “As coletas que realizamos mostram que os preços das passagens aéreas, que tem sido bastante voláteis, terão uma queda significativa, juntamente com etanol, gasolina e automóveis novos. A alimentação também deve dar uma trégua no aumento” diz.
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