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Após seis meses de alta, as taxas de juros das operações de crédito mantiveram-se estáveis em novembro, informou hoje a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). A taxa média de juros para pessoa física cresceu 0,01 ponto percentual, passando de 5,56% em outubro para 5,57% em novembro, a maior taxa de juros registrada desde novembro do ano passado.
Das seis linhas de crédito pesquisadas para pessoas físicas, três se mantiveram estáveis: cartão de crédito rotativo, cheque especial e CDC-bancos-financiamento de veículos. As demais (juros do comércio, empréstimo pessoal por bancos e por financeiras) tiveram alta.
Para pessoa jurídica, a taxa média de juros em novembro manteve-se igual à de outubro, com 3,18% ao mês. É a maior taxa de juros para pessoa jurídica ao mês desde novembro do ano passado.
Das três linhas de crédito para pessoa jurídica, uma ficou estável em novembro (capital de giro), uma foi reduzida (conta garantida) e uma foi elevada (desconto de duplicatas).
Para o diretor executivo de Estudos e Pesquisas Econômicas da Anefac, Miguel José Ribeiro de Oliveira, o fato de as taxas de juros das operações de crédito terem se mantido estáveis em novembro pode significar que elas ainda não refletiram os efeitos da elevação da taxa básica de juros (Selic) em novembro, o que deve ocorrer agora em dezembro.
A expectativa da Anefac é que a Selic volte a subir na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Por causa disso, diz a entidade, as taxas de juros das operações de crédito também devem se elevar nos próximos meses.
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