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As empresas de telefonia móvel querem reduzir os impactos visuais das antenas de celulares, principalmente para diminuir as dificuldades burocráticas de instalação que as operadoras vêm enfrentando em diversos municípios do país. Uma das alternativas, apresentada hoje pelo Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular (SindiTelebrasil), é a adoção de estações rádio base (ERBs) subterrâneas.
As estações rádio base são grandes equipamentos instalados próximos às antenas de celulares, que servem para fazer a ligação com a central da operadora. Pelo projeto, os equipamentos deverão ficar embaixo da terra, hermeticamente protegidos contra alagamentos e com uma tampa de proteção que aguenta até 1,5 tonelada.
O acesso no caso de manutenção é feito por meio de um elevador que leva a estação até a superfície. Além de reduzir o impacto visual, a solução poderá diminuir o vandalismo aos equipamentos.
O objetivo não é substituir as estações existentes, mas implantar o novo modelo em locais onde não pode haver nenhum tipo de impacto visual. Em estradas, por exemplo, as estações poderão continuar sendo instaladas de forma aparente. “Estamos efetivamente engajados para fazer mudanças em determinadas localidades, como locais históricos e com dificuldade de trânsito. Vão ser utilizadas soluções de diversas formas”, explicou o diretor executivo do sindicato, Eduardo Levy.
O SindiTelebrasil também apresentou alternativas para as antenas de celulares, que poderão ser colocadas dentro de pequenos exaustores, luminárias internas, luminárias de jardins ou pequenos dispositivos instalados discretamente. No caso das antenas internas, o alcance é cerca de 300 metros e as externas chegam a 1,3 quilômetros de alcance.
Também foi lançado hoje um documento chamado Melhores Práticas para a Implantação de Estações Rádio Base, com diretrizes para a instalação de infraestrutura de telecomunicações. O manual traz orientações para fazer a expansão da infraestrutura usando novas técnicas de instalação de antenas, com menor impacto visual e mais integradas à arquitetura das cidades.
As torres, postes, fachadas e topos de edifícios passarão a ter tratamento visual específico para cada situação que permita uma espécie de disfarce para as antenas e a ocultação dos equipamentos acessórios. Outros locais, como caixas dágua, bancas de jornal, quiosques e placas de trânsito também poderão ser usados, minimizando o impacto visual.
Segundo o Sinditelebrasil, as empresas de telecomunicações investiram, de janeiro a setembro deste ano, R$ 17,6 bilhões, aplicados especialmente em expansão de redes, ampliação de cobertura e melhoria da qualidade de serviços. Os investimentos representam um crescimento de 7% em relação ao mesmo período de 2012.
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