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O Distrito Federal registrou em novembro um aumento de mais de 15 mil endividados (2,1%) em comparação com outubro. No penúltimo mês do ano, o percentual de famílias brasilienses endividadas foi de 82,6%, o equivalente a 611.687 famílias com algum tipo de dívida entre cheque pré-datado, cartão de crédito, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguros.
É o que mostra a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio).
Dentre as famílias com contas em atraso, 39% disseram ter condições de quitar suas dívidas totalmente e 53,5% afirmaram ter condições de quitar o montante parcialmente. Apenas 3,9% falaram que não tem condições de pagarem os débitos. Nacionalmente, o percentual de endividados foi de 61,4% no mês de novembro. O dado mostra que a média de famílias com contas em atrasos em Brasília é bem superior ao índice nacional.
Na opinião do presidente da Fecomércio, Adelmir Santana, os números mostram que o brasiliense está gastando mais, principalmente por causa das compras para as festas de fim do ano. “O último trimestre é marcado pelo alto nível de confiança do empresário e pelo aumento das vendas. A facilidade do crédito e as diversas promoções desta época enchem os olhos dos clientes que gastam mais e acabam fazendo dívidas”, explica.
Uma dos grandes instrumentos geradores de dívidas continua sendo o cartão de crédito. Do total de endividados, 87,4% se disseram comprometidos nessa modalidade. Alguns acumulam mais de um tipo de dívida. A pesquisa foi realizada com uma amostra de 600 famílias. O estudo serve para orientar os empresários que utilizam o crédito como ferramenta para o incremento das vendas, uma vez que permite o acompanhamento do perfil de endividamento do consumidor e sua percepção em relação à capacidade de pagamento.
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