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Em todo o País, o percentual de famílias com dívidas (59,8%) aumentou em agosto de 2012 pelo terceiro mês consecutivo. A informação é da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, feita Confederação Nacional do Comércio (CNC). Em julho, esse percentual estava em 57,6%.
Apesar desse crescimento seguido, o número de famílias endividadas ficou em patamar inferior ao de de 2011 (62,5%). A pesquisa é feita todo mês, desde janeiro de 2010. Os dados são coletados em todas capitais dos estados e no Distrito Federal, com cerca de 18 mil consumidores.
Segundo a CNC, são vários os tipos de dívidas, como cheque pré-datado, cartão de crédito, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguros.
“As políticas de estímulos ao crédito e aquisição de bens duráveis continuam exercendo impacto moderado sobre o número de famílias endividadas”, diz relatório da CNC.
Para a faixa com renda inferior a dez salários mínimos, o percentual de famílias com dívidas alcançou 61,1% em agosto de 2012, ante 64,2% de igual mês do ano passado e 58,6% em julho deste ano.
Para as famílias com renda acima de dez salários mínimos, o percentual de endividadas passou de 50,5%, em julho de 2012, para 53,6% em agosto de 2012. Em agosto de 2011, esse percentual era 52,6%.
No caso das dívidas ou contas em atraso, houve avanço entre julho e agosto e recuo na comparação anual. O percentual de famílias inadimplentes alcançou 21,3% em agosto de 2012, ante 21% em julho de 2012 e 24,4% em agosto de 2011.
Na faixa de renda inferior a dez salários mínimos, o percentual de famílias inadimplentes alcançou 23,7% em agosto de 2012, ante 22,4% em julho de 2012 e 26,1% no mesmo mês do ano passado.
No grupo com renda superior a dez salários mínimos, o percentual de inadimplentes alcançou 10,9% neste mês, ante 11,4% em julho de 2012 e 14,5% em agosto de 2011.
A pesquisa da CNC mostra também que o percentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso recuou. Em agosto de 2012, 7,1% das famílias declararam não ter condições de pagar seus débitos, ante 7,3% em julho de 2012 e 8,2% em agosto de 2011.O tempo médio de atraso foi 58,4 dias em agosto de 2012, superior aos 57,5 dias de agosto de 2011. A parcela média da renda comprometida com dívidas recuou na comparação anual, ao passar de 30% para 29,6%.
A pesquisa mostra ainda que 17,4% dos consultados declararam ter mais da metade de sua renda comprometida com pagamento de dívidas.
O cartão de crédito foi apontado como um dos principais tipos de dívida por 73,2% das famílias que atrasam o pagamento de contas, seguido por carnês (18,9%), e, em terceiro, por financiamento de carro (12,4%). (Agência Brasil)
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