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O percentual de famílias brasilienses endividadas em outubro de 2013 foi de 80,5%. Essa porcentagem equivale a 595.753 famílias com algum tipo de dívida entre cheque pré-datado, cartão de crédito, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguros.

O índice é inferior ao registrado em setembro (83,2%). É o que mostra a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF).

Houve uma diminuição de mais de 19 mil endividados no DF na comparação de outubro com o mês anterior. O montante passou de 615.686 para 595.753. Porém, ampliando a análise para o cenário nacional, o percentual de endividados no Brasil foi de 62,1% no nono mês do ano. O dado mostra que apesar da queda de endividados no DF, a média de famílias com contas em atrasos em Brasília é bem superior ao índice do País.

“As famílias do DF estão muito endividadas e sentindo o custo mais alto dos financiamentos. Os dados de outubro mostram que os brasilienses têm optado por renegociar e quitar compromissos antigos ao invés de contratar novas dívidas”, explica o presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana. Porém, ele também ressalta que apesar da queda, o índice pode voltar a subir nos meses de novembro e dezembro. “Os dados podem apresentar alta porconta das compras de natal e da festa do ano novo. O consumidor deverá ficar atento às promoções mirabolantes para não cair na armadilha do crédito fácil e barato”, explica Adelmir.

O maior vilão dos brasilienses continua sendo o cartão de crédito. Do total de endividados, 89,1% disseram estar comprometidos nessa modalidade. Alguns acumulam mais de um tipo de dívida. Dentre as famílias com contas em atraso, 35,9% disseram ter condições de quitar suas dívidas totalmente e 55,9% afirmaram ter condições de quitar o montante parcialmente.

A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) foi realizada com uma amostra de 600 famílias. O estudo serve para orientar os empresários do comércio de bens, serviços e turismo que utilizam o crédito como ferramenta estratégica para o incremento das vendas, uma vez que permite o acompanhamento do perfil de endividamento do consumidor e sua percepção em relação à capacidade de pagamento.