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Reclamação antiga e constante, os custos com a manutenção de funcionários desestimulam a criação de empregos e pesam muito no orçamento das empresas que seguem à risca a legislação.
A situação brasileira acaba desencorajando a contratação formal e o pagamento de remunerações mais altas. De acordo com o Dieese – Departamento Intersindical de Estudos Sócioeconômicos -, os encargos trabalhistas custam ao empregador em torno de 25% do salário bruto. Ou seja, para pagar a um funcionário que ganha R$ 1 mil, o empregador tiraria do bolso, mensalmente, R$ 1.250.
O professor da USP e especialista em relações de trabalho José Pastore classifica os encargos sociais sobre os salários como um dos entraves ao crescimento econômico brasileiro e um desafio nas relações trabalhistas.
Na opinião do professor, nenhum país consegue ter desenvolvimento econômico sustentável com essa realidade. “Como as empresas vão contornar esse problema de aumento dos custos trabalhistas e baixa produtividade? Ou repassam esse custo para os preços dos produtos finais ou ele é retirado dos lucros. Quando o empresário repassa esse custo para os preços, pressiona a inflação. Quando tira esse valor do próprio lucro, diminui a capacidade de novos investimentos”, declara Pastore.
Ele diz ainda que a carga tributária brasileira pesada eleva os custos de quem contrata mão de obra e é causa de inflação, o que acaba acarretando pouco investimento.
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