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A alta do dólar provocou em 104 empresas com ações negociadas em Bolsa um aumento de custos equivalente a 44% do lucro efetivo obtido no segundo trimestre deste ano. O retrato da despesa financeira, com a corrosão causada pelo câmbio, é parte de levantamento feito pela consultoria Economática. Entre 30 de junho e 19 de agosto - período em que o cálculo foi feito com base nos balanços divulgados -, o câmbio valorizou 8,23%.
Embora tenha havido um aumento potencial de R$ 8,17 bilhões na parcela da dívida em moeda estrangeira dessa listagem, a maioria das empresas consultadas afirma ter contratado proteção em mercados futuros (hedge) para neutralizar essa variação cambial.
A Oi, por exemplo, afirma ter "99% da dívida bruta" com proteção cambial. A Fibria informa ter "93% da dívida em dólar", mas receita na moeda americana e 80% dos custos em reais. A Suzano alega ter 55,1% da dívida em dólar, mas um "hedge natural" porque 50% das receitas são exportações.
A Eletrobras afirma ter dívida de R$ 10 bilhões em dólar, mas R$ 12,4 bilhões em "recebíveis indexados ao dólar" por créditos concedidos à Itaipu. A JBS disse que faz proteção "acima de 80%" e que "se prejudica a dívida, favorece as exportações e traz mais reais para o balanço". Consultada, a BRF informou não dispor de um porta-voz para o tema.
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