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As saídas de dólares do país superaram as entradas, gerando saldo negativo de US$ 2,044 bilhões, neste mês, até a última sexta-feira (26), de acordo com dados divulgados pelo Banco Central (BC).
De janeiro a 26 de julho, o saldo do fluxo cambial está positivo em US$ 7,491 bilhões. O fluxo comercial (operações de câmbio relacionadas a exportações e importações) registrou saldo positivo de US$ 15,016 bilhões, enquanto o segmento financeiro (investimentos em títulos, remessas de lucros e dividendos ao exterior e investimentos estrangeiros diretos, entre outras operações) ficou negativo em US$ 7,526 bilhões.
No mês, até o dia 26, o fluxo financeiro foi responsável pelo saldo negativo de US$ 201 milhões. O fluxo comercial também ficou negativo em US$ 1,843 bilhão.
No dia 3 deste mês, o BC eliminou as restrições de prazos para que os exportadores financiem pagamentos antecipados. Antes, os exportadores que quisessem antecipar o recebimento das receitas com as vendas para o exterior poderiam pegar empréstimos de até cinco anos. O BC derrubou esse limite, permitindo que financiamentos de prazos mais longos sejam concedidos. A medida aumenta a oferta de dólares no mercado, empurrando a cotação para baixo.
De acordo com os dados do BC, as operações de pagamento antecipado ficaram em US$ 2,824 bilhões, neste mês, até o dia 26. As operações de Adiantamento sobre Contrato de Câmbio (ACC) chegaram a US$ 2,609 bilhões. Nesses valores estão incluídas as exportações, que totalizaram US$ 14,737 bilhões. As importações ficaram em US$ 16,579 bilhões, nas quatro semanas de julho.
Além da medida para estimular a entrada de dólares no país e, com isso, ajudar a reduzir a cotação da moeda, o BC também retirou o depósito compulsório sobre a posição vendida de câmbio. Com a medida, os bancos deixaram de recolher à autoridade monetária parte dos valores aplicados em apostas de que o dólar vai cair.
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