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A presidente Dilma Rousseff vetou o projeto de lei que acaba com a multa adicional de 10% do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) devida pelos empregadores à União em caso de demissão sem justa causa. Foco de divergências entre partidos da oposição, líderes da base e empresários, a proposta foi aprovada na Câmara dos Deputados em 3 de julho, mas a equipe econômica temia a perda de uma receita anual de cerca de R$ 3 bilhões.
A contribuição extra foi incorporada em 2001 à multa de 40% sobre o valor depositado no fundo, no caso de demissão sem justa causa, para compensar o desequilíbrio entre a correção dos saldos das contas individuais do FGTS, decorrente dos planos Verão e Collor I, e o patrimônio do fundo. A multa é paga ao governo, não ao trabalhador.
Na mensagem publicada no Diário Oficial da União, a presidente Dilma disse que decidiu vetar o projeto integralmente, "por contrariedade ao interesse público".
Ela argumentou que, a despeito do impacto da extinção da contribuição para as contas públicas, a proposta não está acompanhada das estimativas de impacto orçamentário-financeiro e da indicação das devidas medidas compensatórias, "em contrariedade à Lei de Responsabilidade Fiscal".
A presidente considerou que a sanção do texto levaria à redução de investimentos em importantes programas sociais e em ações estratégicas de infraestrutura, notadamente naquelas realizadas por meio do Fundo de Investimento do FGTS. "Particularmente, a medica impactaria fortemente o desenvolvimento do Programa Minha Casa, Minha Vida, cujos beneficiários são majoritariamente os próprios correntistas do FGTS", informou.
Outra preocupação da equipe econômica foi com o fato de a extinção ser retroativa a 1º de junho, o que implicaria ressarcimento às empresas que já pagaram a multa. O governo teme a perda de receitas, já que, desde março de 2012, os recursos arrecadados para o FGTS ajudam o governo a cumprir a meta de superávit primário.
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