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O percentual de famílias brasilienses endividadas em junho de 2013 foi de 84,7%. Essa porcentagem equivale a 627.166 famílias com algum tipo de dívida entre cheque pré-datado, cartão de crédito, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguros.

O índice é inferior ao registrado em maio (86,5%). É o que mostra a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio).

Houve uma diminuição de mais de 13 mil endividados no DF na comparação de junho com o mês anterior, o montante passou de 640.384 em maio para 627.166 no sexto mês do ano.
Na opinião do presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana, a queda mensal no endividamento decorre de uma melhora na administração do orçamento do consumidor. “Os brasilienses estão mais interessados em renegociar pagamentos em atraso.

A pesquisa aponta que houve uma redução de mais de duas mil famílias que disseram não ter condições de quitar as dívidas em junho na comparação com maio. Isso porque a renegociação do montante promove uma redução das pessoas que acreditavam que a dívida era impagável”, explica Adelmir.

Em maio, 5.970 famílias acreditavam não ter condições de quitar as contas em atraso, em junho esse número caiu para 3.059 famílias.

O maior vilão dos brasilienses continua sendo o cartão de crédito. Do total de endividados, 91% disseram estar comprometidos nessa modalidade. Alguns acumulam mais de um tipo de dívida.
Dentre as famílias com contas em atraso, 43,7% disseram ter condições de quitar suas dívidas totalmente e 51,9% afirmaram ter condições de quitar o montante parcialmente. Do universo de endividados, apenas 4,4% dos brasilienses disseram não ter condições de quitar as contas.

A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) foi realizada com uma amostra de 600 famílias. O estudo serve para orientar os empresários do comércio de bens, serviços e turismo que utilizam o crédito como ferramenta estratégica para o incremento das vendas, uma vez que permite o acompanhamento do perfil de endividamento do consumidor e sua percepção em relação à capacidade de pagamento.