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Notícias do Varejo

10
Junho 2013

Mercado volta a falar em indexação

Quem viveu na época da hiperinflação no Brasil ouvia quase que diariamente sobre a indexação da economia. Com a inflação domada, depois do real, muita gente passou a dizer que a economia foi finalmente desindexada.

Agora que a inflação volta a assustar, o assunto retorna à baila. A indexação é uma coisa tão natural no Brasil que muitas vezes é difícil de enxergá-la como um alimentador da própria inflação. Indexar um contrato é, na prática, vincular o seu reajuste à inflação do período anterior.

No Brasil, praticamente todos os serviços são indexados aos índices inflacionários. Da escola das crianças, ao plano de sáude, do contrato de aluguel ao pedágio rodoviário, assim como as tarifas das passagens de ônibus, cujos reajustes geraram confusão em várias capitais brasileiras esta semana, sem falar das negociações salariais.

Para o economista do Itaú Unibanco, Caio Megale, a cultura da indexação no Brasil só acaba quando a própria inflação acabar. "O governo até poderia tentar tomar algumas medidas, mas só com inflação baixa se acaba com a indexação", diz.

Um exemplo de que a cultura inflacionária é um fenômeno brasileiro veio da Disneylândia.

O parque mais visitado do mundo reajustou suas tarifas de entrada em mais de 6,5% esta semana. Nas explicações sobre o aumento, nada de colocar a reposição dos índices de inflação. Em abril o IPC americano tinha sido de 1,06% em 12 meses. A justificativa para o aumento foi a de que o parque precisa manter a qualidade do serviço.

"Não há indexação nos países centrais porque a inflação é praticamente zero. Então, as empresas reajustam seus preços de um ano para o outro reduzindo custos ou aumentando se houver demanda (caso da Disney). Ou seja, tudo depende da sua capacidade de aumentar o lucro", compara Megale.

Por outro lado, num ambiente como o Brasil, "as empresas calculam suas margens com uma base da inflação média, que nos últimos 10 anos foi de 6%. Então a base não é zero, é 6%", diz.

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