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Diante de um cenário de pressão inflacionária, o Banco Central deve subir novamente a taxa básica de juros (Selic) na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) desta quarta-feira, em Brasília.
A Selic foi elevada de 7,25% ao ano para 7,50% ao ano no último encontro do comitê, em abril. A expectativa de elevação da taxa e de uma retomada ainda incerta da atividade econômica fez o mercado voltar a prever um cenário mais sombrio para o crescimento do País neste ano, com alta de inflação e queda do ritmo da economia.
A previsão de novo aumento da Selic se deve ao fato de que a inflação continua preocupante. A alta de juros é um instrumento do governo para conter o consumo, uma vez que o crédito (do empréstimo no banco ao parcelamento em lojas) fica mais caro. Com menos demanda, a inflação tende a ceder.
As preocupações com a pressão sobre os preços persistem porque embora o dado mais recente de inflação - o IPCA-15, prévia do indicador oficial usado pelo governo - tenha ficado um pouco abaixo do esperado em abril (aumento de 0,46%), isso não foi suficiente para indicar tendência de desaceleração no longo prazo, afirmam economistas.
A projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) caiu pela segunda semana seguida no boletim Focus, divulgado ontem pelo Banco Central. O documento reúne semanalmente previsões de cerca de cem instituições financeiras.
Os analistas projetam agora crescimento de 2,93% este ano, ante 2,98% na última semana, quando as previsões ficaram abaixo de 3% pela primeira vez no ano. O PIB do primeiro trimestre será divulgado amanhã e dará uma indicação mais precisa sobre o ritmo de avanço da economia.
O cenário para o ano é de inflação em nível elevado - a previsão teve leve alta, para 5,81% - e de esforço contínuo do BC para controlar a pressão dos preços.
As análises compiladas no Focus sugerem uma alta de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros nesta semana e novos avanços ao longo do ano, até os 8,25% previstos para o final de 2013. Para 2014, a Selic deve chegar a 8,5%.
A reunião do Copom vai definir o próximo passo da política monetária, após o início em abril de um ciclo de aperto, com elevação da Selic em 0,25 ponto percentual, a 7,50%.
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