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O déficit em transações correntes, que são as compras e as vendas de mercadorias e serviços do país com o resto do mundo, ficou em US$ 8,318 bilhões, em abril, de acordo com dados do Banco Central (BC). No mesmo mês do ano passado, o resultado negativo foi US$ 5,368 bilhões.
De janeiro a abril, o saldo negativo das transações correntes ficou em US$ 33,176 bilhões, contra US$ 17,429 bilhões no primeiro quadrimestre de 2012. Nos quatro meses deste ano, o déficit correspondeu a 4,28% de tudo o que o país produz – Produto Interno Bruto (PIB).
A balança comercial, que integra a conta de transações correntes, registrou déficit de US$ 6,151 bilhões, de janeiro a abril. A conta de serviços (viagens internacionais, transportes, aluguel de equipamentos, seguros, entre outros) ficou negativa em US$ 14,568 bilhões, enquanto a de rendas (remessas de lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários) registrou déficit de US$ 13,566 bilhões.
O ingresso líquido de transferências unilaterais correntes (doações e remessas de dólares que o país faz para o exterior ou recebe de outros países, sem contrapartida de serviços ou bens) ficou em US$ 1,109 bilhão.
Os dados do BC também mostram que o investimento estrangeiro direto, que vai para o setor produtivo da economia, chegou a US$ 5,720 bilhão, em abril, e a US$ 18,976 bilhões, nos quatro meses do ano. Esses investimentos não foram suficientes para cobrir o saldo negativo em transações correntes.
Apesar de o investimento estrangeiro direto ser o mais adequado para financiar o déficit porque é de longo prazo, o país tem outras formas de fazer isso. Entre elas estão os investimentos estrangeiros em ações negociadas no Brasil e no exterior (com entrada de US$ 959 milhões em abril e US$ 7,725 bilhões no primeiro quadrimestre). Também houve investimentos em títulos de renda fixa negociados no país (US$ 1,023 bilhão no mês passado e US$ 2,844 bilhões de janeiro a abril).
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