Aguarde por gentileza.
Isso pode levar alguns segundos...
As reduções de tributos em setores específicos, com o objetivo de incentivar a atividade econômica, custarão aos cofres públicos R$ 70,1 bilhões este ano. Além de derrubar a arrecadação federal, porém, os cortes de impostos – anunciados a conta-gotas pelo governo – não vêm conseguindo estimular o investimento no ritmo desejado.
Nos últimos 12 meses, o governo publicou mais de uma dezena de decretos ou medidas provisórias isentando ou reduzindo tributos de setores como indústria moveleira, desenvolvedores de softwares e laboratórios farmacêuticos, conforme o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT). No ano passado, deixaram de entrar nos cofres públicos R$ 44,5 bilhões em razão dessas desonerações, mas o crescimento da economia brasileira e os investimentos das indústrias para ampliar a produção ficaram aquém do esperado pela União.
A preocupação do governo é ativar a economia com incentivos cirúrgicos, em um contexto de desaceleração mundial. Mas não está dando resultados, analisa Raul Velloso, especialista em finanças públicas.
Dados do início deste ano mostram que a atividade econômica insiste em patinar, apesar dos incentivos. Até fevereiro, o PIB acumulado em 12 meses cresceu apenas 0,87%, de acordo com indicador prévio do Banco Central (IBC-Br), e a confiança da indústria com os negócios caiu em março, segundo a Fundação Getulio Vargas.
– Enquanto o governo insistir com medidas pontuais sem mexer na raiz do problema, um sistema de impostos confuso e com cobranças em cascata, as empresas e os consumidores continuarão penalizados com uma carga tributária muito alta – comenta o presidente do IBPT, João Eloi Olenike.
Se você é lojista clique e fale com a gente.