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O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu para 3% a projeção de crescimento da economia brasileira este ano. A estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, foi reduzida em 0,5 ponto percentual com relação à previsão divulgada pelo organismo em janeiro. A estimativa para 2014 foi ajustada para cima em 0,1 ponto percentual, alcançando agora 4%.
As projeções foram divulgadas hoje no segundo o relatório trimestral Panorama Econômico Global. Para o FMI, o crescimento da economia brasileira será menor que a média mundial (3,3%) prevista para 2013. A estimativa ficou 0,2 ponto percentual abaixo do projetado em janeiro. Em 2014, a expectativa é que o crescimento da economia mundial seja 4%, a mesma projeção anterior.
A estimativa divulgada hoje (3,4%) para o crescimento da América Latina e Caribe este ano caiu 0,3 ponto percentual com relação à previsão de janeiro. Para 2014, a estimativa segue em 3,9%.
Na avaliação do FMI, o crescimento latino-americano deverá se apoiar em “um aumento da demanda externa, em condições financeiras favoráveis e no impacto de políticas de flexibilização monetária”.
O documento diz que o declínio registrado no crescimento das economias da região de 2011 para 2012, passando de 4,5% para 3%, refletiu “a desaceleração da demanda externa e, em alguns casos, o impacto de fatores domésticos'”.
Essa desaceleração, segundo o FMI, “foi particularmente acentuada no Brasil, a maior economia da região, onde políticas de estímulo não foram capazes de estimular o investimento privado”. A desaceleração brasileira, acrescenta a instituição, acabou contagiando os tradicionais parceiros comerciais do país na região, como a Argentina, o Paraguai e o Uruguai.
De acordo com avaliação do FMI, neste ano, a expectativa é que haja recuperação da atividade econômica no Brasil, a maior economia da América Latina, como resposta às reduções da taxa básica de juros no ano passado e às medidas para estimular o investimento privado. Mas, segundo o FMI, restrições de oferta podem limitar o ritmo de crescimento no curto prazo.
No ano passado, o crescimento do PIB brasileiro ficou em 0,9%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O FMI recomenda que, para consolidar o crescimento, os países latino-americanos devem “fortalecer medidas fiscais, conter o avanço de vulnerabilidades financeiras e buscar reformas que estimulem o crescimento econômico”.
O documento estima ainda que a atividade econômica em países exportadores de commodities - produtos agrícolas e minerais com cotação internacional - da América Latina, como o Brasil e o México, deverá permanecer forte ao longo do ano. A exceção entre os grandes exportadores desses produtos seria a Venezuela, cujo crescimento está estimado em 0,1% neste ano, contra 5,5% registrado em 2012.
O FMI acrescenta que, entre as economias emergentes, o desempenho da Ásia e da América Latina depende, respectivamente, da reaceleração da atividade econômica da Índia e do Brasil.
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