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O reconhecimento de juros e a alta do dólar fizeram a Dívida Pública Federal (DPF) subir 1,32% em abril. Segundo números divulgados pelo Tesouro Nacional, o estoque da DPF encerrou o mês passado em R$ 1,88 trilhão, contra R$ 1,856 trilhão registrados no fim de março.
A dívida pública mobiliária (em títulos) interna subiu 1,06%, passando de R$ 1,776 trilhão para R$ 1,795 trilhão. Isso ocorreu porque o Tesouro emitiu R$ 4,44 bilhões em títulos a mais do que resgatou. A alta, no entanto, foi impulsionada, na maior parte, pela incorporação de R$ 14,37 bilhões em taxas de juros.
O reconhecimento de juros ocorre porque a correção que o Tesouro se compromete a pagar aos investidores (que emprestam dinheiro para que o governo possa rolar a dívida) é incorporada gradualmente ao valor devido. No caso de um investidor que comprou um título por R$ 100 com correção de 12% ao ano, ele receberá R$ 964 ao final de 20 anos. Essa diferença é incorporada mês a mês ao total da dívida pública.
A subida do dólar também contribuiu para o aumento da DPF. De acordo com o Tesouro, a alta de 3,83% da moeda norte-americana em abril fez a dívida pública externa subir 7,12%, encerrando abril em R$ 85,73 bilhões, contra R$ 80,03 bilhões registrados no mês anterior. Também contribuiu para essa alta a captação de R$ 3 bilhões pelo Tesouro Nacional no exterior feita em 17 de abril.
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