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A rotatividade de funcionários é um problema enfrentado por grande parte das lojas. O Sebrae promoveu, em Brasília, um Encontro de Negócios entre empresas de Recursos Humanos (RH) e lojistas para ajudar a minimizar essa dificuldade. Ao todo, participaram 10 empresas interessadas em adquirir os serviços de três empreendimentos de RH. O evento, realizado no shopping Liberty Mall, é mais uma ação do projeto Comércio Sebrae 2014, que tem como objetivo promover a competitividade de micro e pequenas empresas com foco nos megaeventos esportivos.

Intermediadas por um consultor, as empresas de RH se apresentaram e receberam o feedback dos potenciais demandantes do serviço, que são os lojistas. Maria da Glória Mazali, proprietária de uma loja, afirmou de imediato que o investimento em contratação especializada seria muito caro para o porte de seu negócio. Emmily Mathias, diretora do Instituto de Integração Homem-Trabalho (Insight), argumentou que é preciso desmistificar essa percepção do recrutamento.

“Talvez o empresário não consiga perceber o quanto esse serviço pode trazer um retorno positivo. Ele deixa de ganhar com um profissional mal selecionado por critérios como empatia e honestidade. Quantas vendas já perdeu por um cliente que foi mal atendido? Isso foge ao controle do lojista”, destacou.

Ao final do evento, Maria da Glória repensou seus conceitos e afirmou: “Não conhecia a necessidade de avaliar um candidato levando em consideração os aspectos psicológicos. Depois da palestra, vejo esse serviço como um investimento, principalmente porque algumas empresas oferecem garantia de 30 dias”, revelou.

A lojista disse, ainda, que pretende abrir uma nova loja e que deseja buscar empresas de RH para treinar sua futura gerente.

De acordo com o gestor do projeto Comércio Sebrae 2014, Thiago Ângelo, o Encontro de Negócios foi importante para os lojistas perceberem a necessidade de selecionar pessoas pela qualidade e não pela necessidade. “Ao longo deste ano, vamos promover eventos sobre outros assuntos que o público tem necessidade de reciclar informações ou aprender, como vitrinismo”, contou Thiago.

Já Andrea Magalhães, analista da Unidade de Acesso a Mercados do Sebrae no DF, afirmou que ações como o Encontro de Negócios serão monitoradas de maneira intensiva a partir deste ano. “Queremos acompanhar o pós-evento para saber se houve fechamento de negócio entre os participantes. Com isso, esperamos efetivar a aproximação das empresas e ampliar as chances de parcerias”, conclui.