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O governador Agnelo Queiroz decidiu entrar na disputa pela criação de um grande polo turístico internacional em Brasília. "Temos potencial para sediar na América do Sul um desses parques temáticos internacionais dos Estados Unidos", disse em Washington. "Isso nos traria muitos turistas e recursos", completou.
A ideia surgiu a partir das várias alternativas de financiamento e negócios discutidas durante a reunião, articulada pela assessora especial para Assuntos Globais Intergovernamentais do Departamento de Estado norte-americano, Reta Jo Lewis.
A gerente para América Latina e Caribe da Agência para o Comércio e o Desenvolvimento do governo norte-americano, Gabrielle Mandel, informou dispor de dinheiro a fundo perdido para financiar estudos de viabilidade. “Empregamos os recursos de forma a planejar projetos que as empresas norte-americanas possam explorar”, explicou Mandel.
Integrante da comitiva liderada pelo governador, o secretário de Turismo, Luís Otávio Neves, ressaltou as características geográficas, urbanísticas e sócioeconômicas do Distrito Federal como essenciais para atrair esse tipo de investimento. "Brasília está no meio da América do Sul, é equidistante de todas as capitais brasileiras e tem a maior renda per capita do país", discursou.
Pelo menos dois dirigentes de grandes fontes de financiamento ligadas ao governo norte-americano, o diretor do Eximbank, Sean Mulvaney, e o coordenador de desenvolvimento de negócios do Overseas Private Investment, Brian O'Hanlon, deixaram claro que a Casa Branca tem grande interesse na expansão da economia brasileira, para aumentar as exportações em direção ao país -- os EUA foram durante anos os principais parceiros comerciais do Brasil, mas perderam o posto para a China. "O Eximbank vai fazer parceria em projetos que vocês apresentarem para desenvolver a economia", falou Mulvaney. O Overseas Private tem US$ 16,4 bilhões na carteira para investir.
Isto é, há recursos governamentais do governo norte-americano para financiar tanto os estudos de viabilidade como o planejamento e a execução dos projetos. "Vamos montar uma agenda futura entre nós, técnicos dos dois lados, de forma a concretizar os projetos que tragam benefícios mútuos", amarrou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Gutemberg Uchôa. "A diretriz do governador está dada, cabe a nós darmos continuidade a essa articulação feita pela Reta Jo Lewis", reforçou o secretário-chefe da Assessoria Internacional, Odilon Frazão. Uma nova rodada de reuniões, desta vez envolvendo somente as áreas técnicas, será marcada na próxima semana.
Técnicos do governo acreditam que a instação do polo será capaz de trazer centenas de turistas a Brasília e eles acabariam visitando pontos como a Catedral, Congresso Nacional, Palácio da Alvorada e Palácio do Planalto.
Outros temas
Além da possibilidade de financiamento a grandes projetos, a mesa redonda abordou assuntos de energia, comércio e segurança em grandes eventos. O governador Agnelo Queiroz apresentou seus planos de transformar o Distrito Federal num polo global de serviços. "Precisamos desenvolver a economia privada para garantir o nosso futuro", disse.
Ele fez uma explanação sobre o projeto Brasília 2060: planejamento do polo logístico, do centro financeiro internacional, da cidade-aeroportuária, da ampliação do polo JK, da construção da Cidade Digital e também do papel de Brasília nas copas do Mundo e das Confederações. "Queremos compartilhar com vocês todas essas oportunidades", completou.
A missão internacional acabou com o cumprimento, um largo sorriso e um afetuoso abraço de Reta Jo Lewis no governador: "Muito bem, tinha muito recurso em volta desta mesa", comemorou a assessora do Departamento de Estado.
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