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A intenção de consumo das famílias brasilienses apresentou recuo pela segunda vez consecutiva. Em junho o índice alcançou 111,2 pontos contra 118,3 registrados em maio. É o que mostra a pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) do Distrito Federal, divulgada pela Fecomércio-DF. Mesmo com a queda, o estudo denota um otimismo do consumidor, pois apenas valores abaixo de 100 indicam pessimismo. O levantamento foi realizado com 600 famílias do DF.
Na comparação anual, também houve queda. Em junho do ano passado, a pesquisa havia registrado 125,8 pontos, número mais alto anotado nos últimos 12 meses. O levantamento mostra ainda que 43,5% dos trabalhadores acham que não vão ter melhora profissional nos próximos seis meses. Ainda de acordo com a análise, 55% dos entrevistados acreditam que o momento é favorável para aquisição de bens duráveis e 37,2% dizem que não é o momento para a compra de bens duráveis.
Na opinião do presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana, alguns pontos cruciais da economia brasileira enfraquecem as perspectivas do consumo na capital do País. “A inflação em alta e a constante elevação dos juros causam um aperto maior na hora de comprar”, explica Adelmir. “O percentual de famílias brasilienses endividadas recuou pela quarta vez neste ano o que mostra que a população do Distrito Federal está cada vez mais cautelosa. Porém, a expectativa é de que o índice volte a subir no segundo semestre”, conclui Adelmir.
O ICF é um indicador de grande importância para o setor de comércio, pois tem a capacidade de medir a avaliação que os consumidores fazem sobre aspectos importantes da condição de vida da família, tais como: a capacidade de consumo (atual e de curto prazo); o nível de renda doméstico; a segurança no emprego; e a qualidade de consumo. A metodologia adotada parte de um conjunto de perguntas qualitativas referidas às intenções de consumo das famílias.
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