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O percentual de famílias brasilienses endividadas recuou pela terceira vez neste ano. Depois do aumento no mês de março (quando 31 mil famílias entraram na faixa de endividamento), em abril mais de 8 mil famílias deixaram o montante de endividados.
O número de famílias com algum tipo de dívida entre cheque pré-datado, cartão de crédito, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguros passou de 630.222 (85,1%) em março para 621.397 (83,9%) em abril no DF.
É o que mostra a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF). Apesar da estabilidade no endividamento, o estudo mostra um aumento considerável no número de inadimplentes.
O universo daqueles com contas em atraso passou de 61.233 em março para 76.104 em abril.
“As pequenas parcelas a serem pagas quando somadas atingem um montante que muitas vezes não cabe no orçamento da família brasiliense. Ainda mais neste momento em que estamos vivendo uma nova escalada das taxas de juros, já em patamares bastante desfavoráveis aos consumidores”, aponta o presidente da Fecomércio, Adelmir Santana.
O grande responsável pelas dívidas continua sendo o cartão de crédito. Do total de famílias endividadas, 86,9% se disseram comprometidas nessa modalidade. Algumas acumulam mais de um tipo de dívida. Dentre as famílias com contas em atraso, 35% disseram ter condições de quitar suas dívidas totalmente e 52,5% afirmaram ter condições de quitar o montante parcialmente. Do universo de famílias endividadas, 12,5% dos brasilienses disseram não ter condições de quitar as contas.
A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) foi realizada com uma amostra de 600 famílias. O estudo serve para orientar os empresários do comércio de bens, serviços e turismo que utilizam o crédito como ferramenta estratégica, uma vez que permite o acompanhamento do perfil de endividamento do consumidor e sua percepção em relação à capacidade de pagamento.
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