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Para compensar a redução na taxa de juros, o que afeta sua rentabilidade, os bancos estão realizando reajustes nas tarifas avulsas e pacotes de serviços. Dados do Banco Central (BC) mostram que em junho do ano passado, o valor médio do pacote de serviços era de R$ 52,43, subindo para R$ 69,86 em junho de 2012 ? alta de 33%. "O problema é que as instituições não estão avisando aos clientes, o que é proibido", alerta a economista do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) Ione Amorim. A entidade foi a responsável por um estudo com dados referentes a agosto deste ano, com os seis maiores bancos do País: Banco do Brasil (BB), Caixa Econômica (CEF), Bradesco, Itaú, Santander e HSBC. Juntos, eles são responsáveis por mais de 80% das transações de crédito e depósito bancário.
A soma do faturamento de todos os bancos com tarifas cresceu 46% entre os meses de agosto de 2011 e 2012, passando de R$ 8,02 bilhões para R$ 11,7 bilhões. Isso tudo apenas ao aumentar o valor dos pacotes de serviços prioritários, que incluem quantidade de saques, extratos, uso de cheque, entre outros. As utilizações que excedem o permitido são cobradas por meio de tarifas avulsas.
Um exemplo: o consumidor contrata um pacote básico, que dá direito a 10 saques mensais e ao uso de 20 folhas de cheque. "Se ele passar desses números, pagará uma taxa avulsa que varia de acordo com a instituição. A cobrança passou a ser maior tanto no preço do pacote quanto no da tarifa", explica a economista do Idec.
Nos pacotes, os aumentos variam de 3% a 36% entre abril de 2011 e agosto de 2012. O reajuste médio dos considerados básicos ou econômicos foi de 33%. Apenas dois, ambos do Santander, não sofreram novas determinações no período. Quanto às tarifas avulsas, as seis instituições juntas alteraram cerca de 40 delas. "Os bancos estão cobrando bem caro por esses serviços. A maior parte dos aumentos é superior à inflação acumulada do período", salienta Ione Amorim.
Entretanto, a redução de tarifas anunciadas pelo BB e pela CEF no início de outubro altera parcialmente o resultado do estudo. De acordo com a economista do Idec, as diminuições que entraram em vigor no último dia 15 foram feitas com base em taxas reajustadas neste ano, ou seja, ainda apresentam aumento em relação a 2011.
Nos pacotes de serviços prioritários, os bancos passaram a incluir serviços diferenciados, como o envio de mensagens para celular, que não tem fator gerador de cobrança autorizado pelo BC. "Boa parte das vezes o consumidor não sabe que esses extras estão dentro do pacote e quando há, por algum motivo, uso avulso desse serviço ele paga sem saber", explica Ione Amorim.
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