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O mercado de cartões de débito no Brasil deve mais que dobrar e atingir até R$ 493 bilhões em faturamento em 2016, segundo estudo divulgado pela MasterCard, realizado em cinco capitais (São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Recife e Porto Alegre) a partir de 15 grupos de discussão com empresários e consumidores e de 727 entrevistas individuais.
“Esse é o mercado de cerca de R$ 200 bilhões atuais e que pode crescer a uma taxa média anual de 13% a 20%” afirma Alexandre Magnani, vice-presidente de desenvolvimento de novos negócios da MasterCard Brasil e Cone Sul.
O volume de crescimento é menor do que o identificado nos últimos anos. Entre 2006 e 2011, as transações com cartões de débito avançaram a uma taxa de 25% ao ano. Apesar disso, o ritmo foi maior do que o das transações sem cartão, de pagamentos com papel moeda, cheques e transferências, que cresceram a 9% em média ao ano.
“O aumento do uso do cartão de débito foi impulsionado não só pelo crescimento econômico, mas também pelo aumento da bancarização e maior compreensão sobre esta forma de pagamento”, explica Gilberto Caldart, presidente da MasterCard Brasil e Cone Sul.
O cartão de débito é a segunda forma de pagamento mais usada no Brasil, com 34% dos consumidores que disseram ter preferência por este instrumento. O dinheiro ainda lidera, com 48% da preferência. Em 2005, o dinheiro tinha preferência de 60% e o cartão de débito, de apenas 26% da população.
Entre os atributos mais valorizados do cartão de débito, estão segurança, com 67% das respostas, seguida da facilidade de uso (37%) e controle dos gastos (31%).
Um desafio apontado pelo setor, no entanto, ainda é o baixo uso do cartão de débito diretamente no varejo: 82% das transações são feitas com caixas eletrônicos, para sacar dinheiro, por exemplo. Nos Estados Unidos, 63% das transações com plásticos na função débito são realizadas em compras.
Para mudar este cenário, Magnani afirma que é preciso educação financeira para o consumidor usar a modalidade e o desenvolvimento de promoções para atrair o brasileiro e também de tecnologias para controle de gastos — entre elas, o envio de mensagem por celular sobre compras e a definição de parâmetros de uso do cartão junto aos bancos.
Além disso, é preciso simplificar o processo por meio, por exemplo, da tecnologia sem contato. “Ela está no início e, em 2013, vai começar a ficar mais aparente e visível ao consumidor, à medida que a base de aceitação se expanda”, diz Magnani.
Entre as adquirentes, a Elavon diz que os equipamentos que ela está instalando, cerca de 1 mil, já têm tecnologia embarcada para essa solução sem contato, mas que a empresa ainda não tem data para lançamento da funcionalidade. Já a Cielo tem 200 mil máquinas habilitadas com a tecnologia e serão 300 mil até dezembro. A companhia fará a substituição orgânica dos equipamentos da base, começando pelos segmentos em que tradicionalmente se formam filas, como lanchonetes e cinemas.
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