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O Distrito Federal registrou em janeiro de 2014 a terceira redução seguida no número de pessoas com contas em atraso na capital do País. Em janeiro, foi registrada uma queda de mais de nove mil endividados (1,1%) em comparação com dezembro de 2013. No primeiro mês do ano, o percentual de famílias brasilienses endividadas foi de 81,3%, o equivalente a 601.652 famílias brasilienses com algum tipo de dívida entre cheque pré-datado, cartão de crédito, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguros.
É o que mostra a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio).
Na opinião do presidente da Fecomércio, Adelmir Santana, as quedas seguidas mostram que os brasilienses estão tendo um cuidado maior na hora de utilizar o crédito. “Em 2013, o crédito destinado ao consumo sempre esteve em evidência como o principal causador de dívidas. Agora, o cidadão está mais atento ao uso indevido do cartão”, explica Santana.
Ele também ressalta que os candangos usaram o décimo terceiro para regularizar as contas. “O décimo terceiro foi usado para amenizar os gastos que geralmente surgem no começo do ano, como compra de material escolar, seguro de carro e quitação de impostos”, conclui Adelmir.
Entre as famílias com contas em atraso, 33,3% disseram ter condições de quitar suas dívidas totalmente e 57,8% afirmaram ter condições de quitar o montante parcialmente. Apenas 9,0% falaram que não têm condições de pagar os débitos. Nacionalmente, o percentual de endividados foi de 63,4% no mês de janeiro. O dado mostra que a média de famílias com contas em atrasos em Brasília é bem superior ao índice nacional. Apesar do declínio dos endividados na capital do País, um dos grandes instrumentos geradores de dívidas continua sendo o cartão de crédito.
Do total de endividados, 87,5% se disseram comprometidos nessa modalidade. Alguns acumulam mais de um tipo de dívida. A pesquisa foi realizada com uma amostra de 600 famílias. O estudo serve para orientar os empresários que utilizam o crédito como ferramenta para o incremento das vendas, uma vez que permite o acompanhamento do perfil de endividamento do consumidor e sua percepção em relação à capacidade de pagamento.
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